A cidade de São Paulo concentra cerca de 10% do PIB brasileiro e tem o terceiro maior orçamento público do país: só neste ano, são R$ 112 bilhões. Nem parece, tamanhas continuam sendo as carências que ainda persistem na cidade. Nossos cidadãos e nossas cidadãs nunca pagaram tantos impostos e taxas, mas a qualidade e a abrangência dos serviços prestados pelo município deixam cada vez mais a desejar. Ao mesmo tempo, a ineficiência da máquina pública consome parcela importante dos recursos recolhidos aos contribuintes. Falta atenção à boa gestão e à aplicação acurada dos recursos arrecadados, do que o enorme volume de contratos emergenciais assinados pela atual gestão – cujo montante supera o de todas as administrações da cidade desde 2009 somados – é a prova mais evidente. Não espanta que 8 em cada 10 paulistanos considerem que o dinheiro que pagam em tributos está sendo muito mal gasto pela prefeitura. Trata-se de uma dinheirama indo pelo ralo, com obras eleitoreiras e açodadas que irão deixar uma herança maldita para o próximo prefeito. Além disso, em um mundo cada vez mais conectado, a gestão municipal ainda peca pelo uso precário de tecnologias e modernas ferramentas de inovação, o que penaliza e dificulta a vida dos paulistanos, na contramão da humanidade. Cidade global, São Paulo também deixa de explorar enormes possibilidades decorrentes da economia criativa e das novas indústrias ligadas ao entretenimento que movimentam bilhões em todo o mundo. O total de turistas – cerca de 15 milhões ao ano – mantém-se aquém do nosso potencial, frente à invejável rede de museus, galerias, cinemas, teatros e, também, da gastronomia que tem nossa cidade, bem como seu pujante mercado de eventos. A atividade poderia ser muito mais impulsionada por políticas de governo voltadas a gerar muito mais oportunidades de emprego e renda para os paulistanos. Comigo será diferente. Chegou a hora de voltar a produzir mais prosperidade, bem-estar e benefícios para todos, de todas as faixas de renda, em todos os cantos da cidade. Chegou a hora do novo.
Não existe responsabilidade social sem responsabilidade fiscal. Administrar com inovação, planejamento, capacidade de gestão e realização é e sempre foi a chave do sucesso de governos tucanos. Em São Paulo, são estas as premissas que permitirão à prefeitura voltar a viabilizar ações que transformarão o sonho de um futuro melhor em um presente real. Governar com mais transparência, mais eficiência, menos burocracia e com desenvolvimento mais justo, sempre com iniciativas eficazes, responsáveis e alinhadas com os princípios da inovação e da sustentabilidade. Vou adotar programas e políticas públicas factíveis, com planejamento e metas claras, sempre baseadas em evidências mensuráveis. Um projeto articulado e integrado, criativo e inspirado nas melhores práticas nacionais e internacionais de gestão. O mais importante para alcançar todos esses objetivos é ter segurança jurídica e total responsabilidade com o dinheiro do povo. Programas que não demonstrarem resultados positivos em termos de benefícios gerados para a população serão reavaliados e/ou descontinuados. A prefeitura tem o dever de tratar com seriedade o dinheiro dos contribuintes e, sobretudo, eliminar suspeitas de irregularidades. Cabe ao governo municipal também a obrigação de conduzir o processo de desenvolvimento da nossa cidade com mais equilíbrio e transparência, promovendo sua descentralização. São Paulo dispõe de condições logísticas incomparáveis para atrair novas empresas, novos negócios e novas oportunidades de trabalho; falta explorá-las.
Tenho um compromisso claro: sou pela redução de impostos. Não vou criar nenhuma taxa, nenhum imposto novo. Vou trocar imposto por empregos: imposto menor para quem gerar trabalho, principalmente na periferia. Cada centavo será devolvido a toda a sociedade na forma de mais e melhores serviços. É meu dever. Vou passar todos os contratos da prefeitura a limpo, para que o que hoje está sendo drenado por falcatruas passe a ir para o povo. Vou fazer mais com menos, reduzir desperdícios e cortar gastos supérfluos e desnecessários. Sempre que houver excessos, diminuir a máquina pública, concentrando esforços nos serviços mais essenciais para a população. Também vou adotar um conjunto abrangente de indicadores e metas para acompanhar e avaliar os principais programas e projetos da prefeitura. Será uma forma de permitir melhor planejamento e monitoramento sistemático de todas as nossas ações.
A ordem é modernizar a máquina administrativa, eliminar procedimentos desnecessários, simplificar o que for mantido, controlar e fiscalizar. Vou abrir a administração municipal às demandas dos cidadãos, aproveitando tecnologias e ferramentas digitais já amplamente popularizadas, mas ainda pouco empregadas por órgãos públicos no país. Isso inclui digitalizar todos os processos administrativos possíveis, reduzindo a burocracia e o tempo de resposta para o cidadão, o que inclui a criação de uma plataforma única em que os paulistanos possam acessar todos os serviços de forma online. Os servidores municipais são nossos parceiros nesta radical transformação e serão valorizados com um plano de cargos, carreira e vencimentos condizente, aliado a um programa de participação nos resultados baseado em metas de melhoria da qualidade dos serviços públicos prestados.
São Paulo tem vantagens imbatíveis para ser um polo global de inovação e tecnologia, com universidades, centros de pesquisa e empresas de ponta. Nesse sentido, parcerias com o governo estadual, por meio das escolas e faculdades de tecnologia, serão ampliadas, sobretudo visando a capacitação profissional e a implantação de polos na periferia, com oferta de incentivos fiscais para startups e empresas que fomentarem a inovação e a geração de empregos. A nova São Paulo será uma cidade inteligente que integrará tecnologias sustentáveis, como, por exemplo, segurança, controle de tráfego, iluminação pública eficiente e monitoramento ambiental em tempo real. Nossas políticas públicas privilegiarão fontes renováveis de energia, transporte público com menos emissões e soluções avançadas de economia circular. A exclusão digital será combatida por meio da expansão de redes públicas de acesso à internet em alta velocidade, em especial em praças, parques e demais espaços públicos. O turismo – sobretudo o relacionado à nossa vasta riqueza cultural, nossa gastronomia e a eventos – tem se revelado importante indutor da economia paulistana e gerador de empregos de qualidade, bem remunerados. Mas ainda pode avançar muito mais, atraindo mais eventos de alcance global. A reforma do Anhembi, planejada pelo prefeito Bruno Covas, vai ajudar neste sentido.