Posicionamentos

Cuidado, atenção, conhecimento, moradia, conforto e lazer

por | ago 18, 2024

A cidade mais rica do país não oferece a seus cidadãos e suas cidadãs bem-estar e qualidade de vida à altura. Na São Paulo atual, falta tudo: saúde, educação, moradia, assistência, lazer, esporte e cultura. Os serviços prestados pela prefeitura não correspondem à montanha de impostos e taxas que pagamos. O paulistano merece muito mais. O sistema de saúde ainda sofre impactos da pandemia de covid-19 e, em particular, convive com longas filas de espera por exames e consultas com especialistas – são quase meio milhão à espera de tratamento – e, ainda, com a franca desarticulação da rede de atendimento. Na educação, o prefeito Bruno Covas realizou uma conquista histórica, ao zerar as filas por vagas em creches. Mantém-se, contudo, o problema da baixa qualidade do ensino: na rede pública municipal, são vexatórios, para dizer o mínimo, os padrões de alfabetização das crianças e ínfimo o percentual de alunos estudando em escolas de tempo integral. Além disso, em torno de 10% da nossa população ainda não tem um teto e uma moradia digna para viver, com o agravante de vermos a ocupação do território render-se à especulação imobiliária, como está acontecendo hoje. A rede de assistência social à disposição da população e, sobretudo, dos mais pobres revela-se insuficiente numa metrópole com inaceitáveis 1,3 milhão de pessoas, muitas delas crianças, que não sabem se vão ter o que comer a cada dia. Os equipamentos públicos de cultura, esporte e lazer continuam bastante concentrados nas áreas mais centrais da cidade, dificultando, quando não impedindo, a democratização do acesso. Quem anda pelos quatro cantos da cidade também não tem dificuldade para perceber que as ações de zeladoria – como tapa-buracos, podas, capinas e limpeza de bocas-de-lobo – estão muito aquém do desejável, interferindo na segurança, no conforto e no bem-estar dos paulistanos. É hora de mudar essa realidade e construir uma São Paulo muito melhor para se viver.

 

Comigo, saúde vai deixar de ser preocupação dos paulistanos para tornar-se sinônimo de bem-estar e qualidade de vida. É preciso fazer funcionar melhor os 1.048 estabelecimentos e serviços da cidade, organizando, integrando e articulando devidamente a rede. Começarei por atacar o problema das filas para exames e consultas com especialistas. O horário de funcionamento das UBS – que costumam ser os pontos de atendimento mais próximos da moradia ou do trabalho do cidadão – será estendido em mais duas horas por dia, até às 21h. Doença não tem hora. Por isso, ampliarei o número de equipamentos de saúde que funcionam 24 horas por dia, garantindo pelo menos um por subprefeitura. A marcação de consultas com especialistas será feita na própria UBS e também online, pelo celular, sem que o paciente tenha que retornar para a fila. Vou buscar parcerias, como as hoje existentes com organizações sociais, para disponibilizar mais dentistas e consultórios de saúde bucal e também mais psicólogos e terapeutas, entre outros profissionais, para atendimento integrativo de saúde mental, necessidade acentuada pela pandemia, sobretudo de crianças,  jovens e idosos. Tirar do papel e expandir, por toda a cidade, os centros municipais de referência de TEA (Transtorno de Espectro Autista). A saúde digital – em particular a telemedicina, a inteligência artificial e os sempre adiados prontuários eletrônicos – será minha aliada na expansão da oferta de assistência. Não deixarei faltar remédio nos postos, e irei além: vou dar ao ‘Remédio em Casa’ a abrangência que o programa já teve, levando medicamento na porta de casa de quem mais precisa. Também na saúde, prevenir é sempre melhor que remediar. Capaz de resolver a maioria das necessidades de saúde da população, a atenção primária ganhará mais equipes e maior cobertura do Saúde da Família. O Mãe Paulistana, implantado na cidade por gestões tucanas, será ampliado, com cuidado dedicado às gestantes e aos paulistaninhos. As estruturas de vigilância sanitária estarão de fato preparadas para dar respostas adequadas para as cada vez mais frequentes endemias e epidemias, como a da dengue, acentuadas pela emergência climática. São Paulo vai voltar a ser a capital da vacina.

 

O bem-estar e a saúde dos nossos amigos mais fiéis também serão lembrados. Vou ampliar o atendimento público a pets, por meio de hospitais e clínicas veterinárias, e promover campanhas massivas de vacinação, castração e doação, especialmente em parceria com entidades de defesa dos animais e com organizações não governamentais. Vou fortalecer programas de controle de zoonoses, prevenindo a transmissão de doenças entre animais e humanos. Minha política de expansão de parques e áreas verdes também destinará espaços específicos para animais de estimação, promovendo a socialização e o exercício dos pets em ambientes seguros e controlados. E vou facilitar as condições de viagens em transporte público com pets.

 

A escola deve ser a extensão da nossa casa, lugar feliz e protegido. A primeira infância define as chances de um futuro melhor para cada cidadão e cidadã. Após sucessivos avanços, finalmente conseguimos colocar todas as crianças nas escolas. Fila nunca mais. Agora, vou ampliar o número de alunos estudando em tempo integral, hoje limitados a 7% da rede, com mais segurança, boa alimentação, merenda de qualidade e formação para a cidadania e o mundo do trabalho: reforço escolar, ensino técnico e profissionalizante, artes, cultura, música, esportes, games, tecnologia e idiomas no contraturno. É hora também de garantir alfabetização em leitura e matemática na idade certa, entre 8 e 9 anos, pondo dois professores em sala de aula nos primeiros anos do ensino fundamental, com material didático moderno e adequado. Mães e pais que trabalham vão poder deixar seus filhos por mais tempo nas cerca de 2,5 mil creches da rede municipal: o horário de funcionamento será ampliado em mais duas horas diárias. A concessão da Bolsa Primeira Infância, para famílias em situacão de vulnerabilidade social, será assegurada. As parcerias com organizações sociais e não governamentais em creches conveniadas serão mantidas, sem abrir mão de rigorosa fiscalização dos contratos. Inspirado em exemplos educacionais exitosos como os do Ceará, de Goiás e do Espírito Santo, vou melhorar bastante os indicadores de aprendizagem, como o Ideb. Vou concluir os CEUs prometidos pelo prefeito Bruno Covas, mas não entregues pela atual gestão.Toda vida importa e nossas escolas vão ampliar o atendimento com auxiliares de vida escolar e com professores de atendimento educacional especializado. Toda unidade da rede escolar contará com a vigilância da Guarda Civil Metropolitana nos arredores, auxiliada também por câmeras. Em parceria com a excelência do Centro Paula Souza, do governo estadual, vou oferecer muito mais educação técnica e profissionalizante para preparar os jovens paulistanos para disputar o mercado de trabalho e conquistar melhores condições de vida, o que também ajudará a reduzir a evasão escolar. A política de crédito direto para famílias para compra de uniforme e material escolar será mantida. Professores e servidores da educação merecerão uma política de valorização permanente. Todas as escolas deverão estar conectadas a internet de banda larga, com computadores disponíveis para os alunos, assim como bibliotecas e laboratórios de ciências bem equipados.

 

Não existe dignidade onde não há um teto pra morar. Vou atacar o problema do déficit habitacional, que ainda afeta mais de 400 mil famílias em São Paulo. Minha proposta é levar moradias e empregos mais perto de onde as pessoas precisam. Serão os ‘Territórios do Emprego’. Um exemplo são áreas próximas à avenida Jacu-Pêssego, no extremo leste da cidade, que merecerão incentivo, inclusive fiscal, para construção de unidades habitacionais, com segurança e integradas a oportunidades de trabalho, infraestrutura urbana, escolas, sobretudo técnicas, e equipamentos de saúde. Com um detalhe: vou exigir que pelo menos parte da mão de obra empregada nas construções seja contratada nas proximidades. É necessário aumentar muito a construção de unidades habitacionais de interesse social, aproveitando terrenos menores disponíveis pela cidade e, no centro de São Paulo, buscando dar melhor destinação a prédios hoje desocupados, sempre acompanhado por devidos processos de desapropriação. Favelas merecerão atenção especial, com urbanização e regularização fundiária, para dar mais dignidade às famílias, assim como com o apoio à reforma de habitações precárias existentes, por meio de parcerias, mutirões e construções diretas.

 

O espaço público é o espaço democrático por excelência, ao qual todos têm acesso, independentemente de sua condição social e econômica. Zelar por ele é promover maior conforto e melhores condições de vida para todos os cidadãos. Dada a importância e relevância da atuação das subprefeituras na vida dos cidadãos, os subprefeitos terão de ser escolhidos entre quem mora na própria região. Não haverá indicação política, nem barganha com vereadores na indicação de nomes. Valerão, sempre, critérios técnicos e conhecimento da região. Vou dedicar especial atenção a vias públicas, calçadas e praças, aprimorando os serviços de zeladoria e conservação da cidade, entre eles o recapeamento de ruas e avenidas. A ordem é fazer funcionar melhor o que já existe, com utilização crescente de novas e modernas tecnologias. Vamos adotar câmeras corporais pelos fiscais de postura. O zelo em relação à cidade será objeto de empenho redobrado da prefeitura na varrição de ruas, na limpeza de bocas-de-lobo, na ampliação da coleta dos resíduos recicláveis e em operações cata-bagulho, dando aos paulistanos o cuidado, o conforto e o carinho que merecem.

 

São Paulo é a capital da cultura brasileira, ponto de encontro de todas as culturas do país e do mundo. Essa riqueza, porém, continua muito concentrada, ao mesmo tempo em que nossa vasta produção local – música, teatro, dança, literatura e audiovisual, entre outras – continua carente de apoio, estrutura e incentivos. Meu objetivo é fomentar a diversidade cultural, democratizar o acesso às atividades culturais, esportivas e de lazer e impulsionar o imenso potencial criativo da cidade de São Paulo. Valorizar a produção local e atrair grandes eventos – entre os tradicionais, como o Carnaval, a Virada Cultural e a Virada Esportiva, e os internacionais. A ordem é modernizar nossos equipamentos culturais, esportivos e de lazer, muitos deles hoje sucateados, e, sobretudo, levá-los mais perto de onde o povo está. É mais democratização e inclusão, com mais e melhores teatros, bibliotecas, salas de cinema, quadras, centros esportivos, parques e áreas de lazer. Vou ampliar gradativamente o orçamento para programas de incentivo e fomento à cultura, como o Promac (Programa Municipal de Apoio a Projetos Culturais). A valorização e a preservação do patrimônio histórico, artístico e cultural voltarão a contar com atenção e estrutura especialmente dedicada. Vou valorizar o futebol de várzea, aproximando e integrando os grandes clubes da cidade com os clubes da periferia e com o esporte oferecido nas escolas da rede municipal. Vou incentivar o desenvolvimento do esporte de base e de alto rendimento, com melhor infraestrutura e, também, programas de bolsa-atleta para apoiar financeiramente jovens talentos e possibilitar sua participação em competições regionais, nacionais e internacionais.

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