Datena propõe investir em transporte coletivo e práticas de cidade esponja para enfrentar mudanças climáticas

por | set 25, 2024 | Notícias

Candidato do PSDB reforçou proposta de aumentar uso de energias limpas, melhor distribuição da cobertura vegetal e ações voltadas para uma maior permeabilidade da cidade

O candidato a prefeito de São Paulo pela Federação PSDB/Cidadania, José Luiz Datena, visitou a região de Pinheiros, na Zona Oeste da Capital, nesta quarta-feira (25). Na Rua dos Pinheiros foi saudado pela população e, entre um abraço e outro, aproveitou para reforçar a necessidade de uma profunda reestruturação do transporte coletivo em São Paulo, destacando a importância de ações concretas para combater as mudanças climáticas e a poluição na cidade. Durante sua fala, criticou a atual gestão pela promessa não cumprida de construir 40 quilômetros de corredores de ônibus, dos quais apenas sete foram realizados.

“Uma questão importante é o transporte público e a mobilidade. Dos mais de 13 mil ônibus circulando em São Paulo, vamos colocar mais de 2.600 a 3 mil ônibus elétricos ou movidos a energias limpas. Melhorando a qualidade do transporte coletivo, além de reduzir a emissão de poluentes, você vai fazer com que mais pessoas utilizem o transporte coletivo e deixe o carro em casa, o que polui menos. Vamos construir os mais de 40 km de corredores de ônibus que o atual prefeito prometeu e não construiu. E temos que criar zonas de ar limpo. Para o centro de São Paulo, nossa proposta é implantar o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos). Serão duas linhas, com 27 estações, integradas a outros modais, como bicicletas”, afirmou.

Sugeriu ainda a adoção de um modelo de tarifa zero para beneficiários do Bolsa Família, afirmando que “é possível financiar essa proposta sem aumentar subsídios ao transporte público, redistribuindo melhor os recursos que já são destinados às empresas de ônibus”.

O candidato também enfatizou a urgência de reduzir a poluição, que recentemente colocou São Paulo entre as cidades com pior qualidade do ar no mundo. Também reforçou a necessidade de ampliação das áreas verdes na cidade, de forma distribuída por todas as regiões. “Quando o prefeito fala que São Paulo tem 54% de sua área coberta por áreas verdes, ele está falando de Parelheiros e Engenheiro Marsilac. Tá tudo concentrado lá porque está ao lado da Serra do Mar. São Paulo também gera 10 mil toneladas de lixo por dia e só temos duas estações de reciclagem. Isso é uma calamidade. É preciso reciclar mais. Não reciclamos nem 7% do lixo aqui. Temos que cuidar dos nossos mananciais. A água é talvez a riqueza mais importante que temos. Precisamos cuidar melhor dos nossos mananciais”, declarou. Outro ponto central em seu plano de governo é o combate aos alagamentos e à especulação imobiliária em áreas de várzea, como no Jardim Pantanal, por meio da aplicação do conceito de “cidade esponja”.

Esse conceito prevê a criação de mais canteiros e áreas permeáveis para aumentar a absorção da água da chuva e reduzir enchentes. O candidato apontou ainda problemas na política urbana e de zeladoria que, segundo ele, provocam reflexos no clima. “Precisamos de mais parques, jardins e áreas verdes. Não basta que a área verde de São Paulo esteja concentrada em regiões afastadas, como Parelheiros”, destacou. Defendeu a criação de parques em parceria com a iniciativa privada, desde que se evite a cobrança abusiva de serviços, como estacionamento.

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